quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pietro Fittipaldi não vence, mas conquista grande resultado


No último sábado, dia 20, Pietro Fittipaldi voltou a correr em Hickory, onde disputa a Limited Late Model da Nascar All American. Caso você não faça ideia do que isso signifique, basta clicar aqui e ver um post antigo aqui do blog onde eu explico exatamente no que o garoto corre.
Dessa vez, o brasileiro não ganhou a corrida e é justamente por isso que escrevo esse post. Caso ele tivesse triunfado novamente, o mundo inteiro estaria dando essa notícia e, provavelmente, você não estaria lendo aqui em primeira mão. Na realidade, é uma pena que ninguém tenha dado grande destaque ao resultado de Pietro, já que em termos de campeonato foi um p.. desempenho.
Pietro Fittipaldi
Pietro Fittipaldi segue conseguindo bons resultados na Nascar

Nesta última corrida, o neto de Emerson terminou na segunda colocação, atrás do vencedor, Chris Lewis. A grande vantagem é que Lewis não disputa o campeonato de Hickory, portanto, em termos de tabela de pontos ele pode ser descartado.

Com a segunda posição, Pietro somou 48 pontos e alcançou os 766 no campeonato. Tyler Church, o principal adversário do garoto, foi somente o oitavo colocado na prova e obteve 36 pontos, chegando aos 736. Matt Piercy é o terceiro, com 710. Faltam três corridas para o final da temporada, e 150 pontos estão em jogo. Como cada posição ganha na pista equivale a dois pontos, o brasileiro tem uma boa vantagem para os adversários, mas nada que permita algum vacilo.

Apesar disso, o neto de Emerson tem dois grandes trunfos para conquistar o título. O primeiro é o bom desempenho recente. Nas últimas sete corridas, o piloto chegou entre os três primeiros (ou foi top-2 nas últimas seis), o que significa estar completamente adaptado à categoria, ao carro e à pista de Hickory, além de não permitir aos rivais descontar pontos.
O outro aspecto é que a categoria não tem grid completo. Na última prova, 13 carros participaram da disputa. Ou seja, o último colocado somou 28 pontos, 22 a menos que Pietro. Isso significa que mesmo em caso de abandono em alguma das três corridas restantes, o brasileiro não vai ter um prejuízo tão grande ainda que o grid esteja mais cheio.
Deixando a parte informativa de lado, acho curioso como Pietro Fittipaldi rapidamente se tornou ídolo. Tirando o bem informado leitor do World of Motorsport, muita gente nem sabe onde é que ele corre, ou quantos anos tem. Não é difícil ver quem ache que ele está competindo contra Jimmie Johnson, Tony Stewart, Kyle Busch ou Juan Pablo Montoya.
É curiosa essa carência de ídolos. Do outro lado do mundo, Felipe Nasr passa pela mesma situação. Quando o assunto é o próximo brasileiro na F1, ele é o primeiro nome – e talvez único – que surja. Apesar disso, tem quem ignore o histórico de títulos de Mario Haberfeld, Antonio Pizzonia e Gil de Ferran, que ou passaram longe da categoria máxima, ou não conseguiram se firmar.

Não que eu esteja agourando a carreira de Felipe, pelo contrário. Mas dos últimos dez pilotos que ganharam a F3 Inglesa, apenas quatro chegaram à F1. Daniel Ricciardo e Jaime Alguersuari, pelas mãos da Red Bull, enquanto Takuma Sato por conta da Honda. O outro foi Nelsinho Piquet, que todos sabemos o preço que ele pagou para ficar mais de uma temporada no campeonato. Se Nasr precisa de calma para tentar alcançar a categoria máxima, o que dizer de Pietro Fittipaldi que ainda corre em uma pista que meses atrás sequer era citada no noticiário brasileiro.

Voltando à Nascar, mas agora na divisão principal. A próxima etapa da categoria é em Bristol e terá a vitória de Kyle Busch. Os carros da Hendrick também sempre são fortes nessa pista. Além deles, eu apontaria Carl Edwards e Brad Keselowski como candidatos de peso na briga pela vitória.

http://womotor.wordpress.com/
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