quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ainda existe luz no fim do túnel para Automobilismo monoposto no Brasil

Essa iniciativa do Roberto Zullino e do Mestre Joca em recriar no Brasil a Formula Vee, vêm diretamente de encontro com a necessidade que temos em desenvolver o automobilismo monoposto.

Hoje temos centenas de categorias de Kart amador e profissional (e nunca essa categoria esteve mais forte)... mas, e depois? O que faz um Campeão do Paulista ou Brasileiro de Kart que não tenha os recursos para ingressar numa F Future? Ou corre mais um ano de Kart, ou espera alguma coisa cair do Céu ...

Uma das propostas da V Racing Team na Formula Vee é exatamente oferecer uma oportunidade de um piloto oriundo do Kart ganhar experiência com um formula de desempenho razoável (uma vez que logo estaremos virando nos mesmos tempos que o Marcas Paulista) e de baixíssimo custo (a níveis de automobilismo), mas isso só conseguiremos com apoio de patrocinadores que tenham visão de longo prazo, pois é mais do que provado que o retorno vem (tai a Bia Figueiredo com a Ipiranga que não me deixa mentir) e também dos poderes Públicos que não têm o mesmo carinho pelo automobilismo como o que tem pelo Futebol, Volei, Natação Etc. Infelizmente no automobilismo aqui no Brasil, só vai pra frente quem é rico... e olha que nem precisa ser tão bom assim não hein... tendo dinheiro é o que importa.

O que precisamos é reformular tudo o que envolve o automobilismo no Brasil, à começar pelos órgãos que administração nossas categorias. Do ponto de vista organizacional esportivo, não tenho muito a questionar o trabalho da CBA, FASP e dos Clubes que organizam nossos eventos do Paulista, pois os serviços de pista prestados por eles são excelentes (ao meu ver),  porém falta ainda uma visão de Marketing e Entretenimento muito mais apurado, que vise atrair público para o Autódromo. Se usarmos como exemplo os rachões de Interlagos, que lotam as arquibancadas e geram muito mais dinheiro que todas as categorias do Paulista juntos, podemos tirar muito boas lições a serem implementadas. Temos que atrair mais mulheres pras pistas, oferecer mais opções de entretenimento além da corrida em si como lanchonetes, espaços de beleza e lazer, exposições, shows e etc coisa que nossos irmão do norte (EUA) sabem fazer como ninguém.

Como não sou daqueles que apenas gosta de apontar um problema, (pois isso é fácil pra qualquer um), proponho uma larga discussão entre todos os  interessados para que possamos juntos tomar diretrizes para mudar este cenário desolador que é o futuro do automobilismo monoposto brasileiro. Atitudes como essa do Massa e da Fiat são muito valiosas, porém só atendem é uma restritíssima classe de abonados, pois os custos são elevados pra se concorrer por lá... e isso é uma coisa que não entendo, porque acho que a Fiat com o dinheiro que fatura no Brasil, poderia investir mais pra que esses custos se tornem menos impeditivos e os futuros talentos possam ingressar por lá e crescer.

A Fórmula VEE já revelou talentos como Ingo Hoffman,  Emerson e Wilson Fittipaldi, Nelson Piquet, dentre tantos outros e podemos daqui pra frente voltar a ajudar nessa luta, porém uma andorinha só não faz verão. Sem o apoio de todas as outras categorias e dos organizadores, ficará muito mais difícil... mas estamos fazendo nossa parte, com muito trabalho, dedicação e foco no futuro, na esperança que em breve possamos nos orgulhar de novamente ter um piloto que passou pela Formula Vee Brasil no lugar mais alto do pódio da Fórmula 1.

Abraços

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